Proderj e Detran são exemplos do que há de pior e de melhor na política de gestão do governo do Rio de Janeiro

 

O sucateamento do Proderj salta aos olhos de quem quer ver. A autarquia é administrada sem qualquer plano de metas, ou seja, não existe um projeto para o Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Rio de Janeiro. Melhor dizendo: ao que tudo indica, existe, sim, um projeto de desqualificação do Proderj e de seus funcionários.

Vamos aos fatos, comparando o Proderj com o Detran, a menina dos olhos do governo Sergio Cabral:

Proderj – Em 2010 o presidente do Proderj Paulo coelho solicitou, ao governo estadual, verba para a contratação de consultoria para realizar um planejamento estratégico. Não obteve aprovação e deve tentar, de novo, em 2011.

Detran – Segundo o Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro, edição de 23 de março, o presidente do Detran, Fernando Avelino, “por determinação do governador Sergio Cabral, começou a elaborar um plano de metas. O objetivo é estimular os servidores a prestar um serviço de qualidade à população dos municípios fluminenses.”

Proderj No Proderj, o último concurso público foi realizado em 2002 e apenas 41 dos 171 aprovados foram nomeados. A política de salários achatados, no entanto, faz com que esses concursados comecem a deixar a autarquia, buscando melhores condições de vida em outros lugares. O resultado dessa falta de metas construtivas é a abertura das portas da terceirização.

Detran – Ainda segundo o Diário Oficial, o Detran acabou com as terceirizações, pois não seria possível modernizar o órgão com trabalhadores extra-quadro. Foram nomeados 720 concursados aprovados em 2009 para técnicos de níveis superior e médio, e há previsão de realização de novo concurso, ainda em 2011, para a contratação de 100 técnicos de nível superior. O presidente do Detran declarou ao DO que “não poderia fazer o plano de metas com terceirizados”.

É sabido, ainda, que o Detran possui em seus quadros analistas de sistemas e outros técnicos, oriundos de concursos anteriores a 2009. Ou seja, o Detran passou a desenvolver sistemas, tomando para si atribuições que seriam do Proderj.

Outro fato que chama a atenção na matéria, é a inclusão de quadros de nível médio no Detran, quando a Seplag anunciou que não faria mais concurso para cargos de 2º grau no Proderj.

Proderj – Os funcionários do Proderj amargam até hoje as consequências do incêndio ocorrido em outubro de 2007, na UERJ. Na ocasião havia uma proposta de instalação de uma sede própria para a autarquia, mas nada aconteceu e até hoje os trabalhadores e trabalhadoras sofrem com a falta de infraestrutura do Centro Administrativo do Governo do Estado – CAERJ, também conhecido como Banerjão.

Detran – A construção da nova sede do Detran é prioridade do governo do Estado. Segundo o Diário Oficial, a Fundação Getúlio Vargas está elaborando um estudo de viabilidade e acessibilidade para a nova sede do Detran. O prédio, localizado no Centro do Rio, abrigará também a Secretaria de Segurança.

Pulga atrás da orelha

Uma informação em destaque no D.O. deixa uma pulga atrás da orelha. Segundo o informativo, “o Detran está qualificando 90 servidores que ingressaram no órgão por concurso, para identificar funcionários denunciados na Ouvidoria por má conduta”.

A pergunta que fica é: como irá ocorrer o processo de identificação?

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