Em tempo de Rio+20, mobilização e passeata de servidores estaduais chama atenção no Centro da Cidade

Os trabalhadores demonstraram muita disposição na marcha da Candelária até a Alerj, com faixas e bandeiras em plena Avenida Rio Branco, erguidas pelas organizações sindicais repudiando a medida neoliberal do governo Sérgio Cabral contra servidores estaduais. A Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 4782), ajuizada no Supremo Tribunal Federal (STF), no início deste ano, retira e/ou congela qualquer reajuste no benefício recebido desde 1986. Apesar de o governo afirmar que não pretende retirar de quem 'recebe hoje e sim ser uma medida preventiva contra possíveis ações dos novos concursados’, não aquieta a revolta de trabalhadores, pois a decisão do Supremo no mérito é uma incógnita!

A demora e o atraso nas negociações estão claramente justificadas agora. Vem chumbo grosso por aí. A revisão dos PCCS, tão anunciada pelo Ex-Subsecretário Diniz, em 2009/10, tem tudo a ver com esta ADI. O anúncio dos interlocutores palacianos de que o triênio engordava a folha de pagamento do estado; que o moderno é avaliação de desempenho e gratificação por mérito; e achar que servidor entra no serviço público e sobe numa escada rolante (conforme entrevista de Sérgio Rui – Secretário da Secretaria de Planejamento e Gestão apontava para medidas como esta. Sem ganhar Fundo de Garantia por Tempo de Serviço e  Participação nos Lucros e Resultados, como ocorre com trabalhadores regidos pela CLT, o triênio gera um ganho a mais para o servidor estadual. 

Os ataques aos trabalhadores têm se intensificado e, se a política do governo federal é a de não repetir a crise europeia no Brasil com a retirada de direitos históricos de servidores públicos, conforme afirmou a Presidenta Dilma, o governo do Estado do Rio de Janeiro está procurando sarna para se coçar, pois os servidores estarão nas ruas até que seja revertida esta ameaça.

Na próxima terça-feira, dia 19, às 15 horas, apesar do feriadão da Rio+20 despontando, está agendada, pelo Movimento Unificado dos Servidores Públicos Estaduais-RJ (Muspe), uma Assembleia Geral dos servidores, na UERJ, para debater o movimento e os próximos passos da mobilização.

Quem não foi perdeu! E se continuar parado perderá muito mais… vai pagar pra ver?

Leia matéria publicada no jornal O Dia sobre a marcha dos servidores estaduais