Panorama econômico em debate na Plenária Nacional de Campanha Salarial

No primeiro dia de trabalhos da Plenária Nacional da Fenadados, os delegados e delegadas, observadores e observadoras debateram o panorama econômico nacional e internacional, e as perspectivas para o movimento reivindicatório da Campanha Salarial 2013/2014.

Vicente Flávio, da CUT-Ceará, defende que o movimento sindical precisa ter sensibilidade para avaliar a correlação de forças que existe no País, para que possa fazer a intervenção mais adequada aos interesses da classe trabalhadora.

Segundo ele, a questão central a ser focada pelo movimento sindical é a distribuição justa de renda pois, hoje, com o uso das novas tecnologias, o trabalhador produz muito e recebe em troca salários que não refletem essa produtividade.

O neoliberalismo ainda é dominante na economia, apesar de menos forte do que há vinte anos. Uma das armas a serem utilizadas para a conscientização dos trabalhadores e fortalecer a sua luta, é a informação. Ele chama a atenção para a necessidade de democratização dos meios de comunicação como forma de dar acesso aos trabalhadores e trabalhadoras da informação isenta, sem manipulações, que permita a formação de consciência crítica sobre a realidade.

Reginaldo de Aguiar Silva, do Dieese, trouxe para o debate o panorama econômico internacional, com índices alarmantes de desemprego, principalmente na Zona do Euro, particularmente na Grécia e na Espanha.

No Brasil, ao contrário, o emprego está num dos seus melhores níveis históricos. A queda do PIB, tão alardeada pela mídia, reflete maus resultados nos setores de Agropecuária e Industrial. O setor de Serviços, onde estão as empresas de TI, crescem em níveis bem mais positivos.

No último painel do dia o representante dos trabalhadores de TI na CUT Nacional, José Antonio Garcia Lima, falou da importância da democratização dos meios de comunicação, através da regulamentação do setor, hoje dominado por grandes conglomerados.

Lima afirma que os trabalhadores de TI são fundamentais nesta luta, que trará, para toda a população, acesso à informação democrática. Os meios de comunicação, ao contrário do que afirma a grande mídia, não sofrerão qualquer tipo de censura, mas passarão a ser responsabilizados por abusos, como a difusão de notícias caluniosas.

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