A Campanha Salarial dos trabalhadores e trabalhadoras do Serpro se encerra com ganho real de salários, manutenção de direitos e novas conquistas. Esse saldo, no entanto, não aconteceu por acaso.
Foram meses de luta travada pelas representações dos trabalhadores (Fenadados e sindicatos estaduais) no campo político e nas mesas de negociação. Por parte dos trabalhadores e trabalhadoras, houve mobilizações em vários estados, com demonstrações claras de unidade para conquistar.
No Rio de Janeiro a diretoria do Sindpd-RJ tem atuado respeitando opiniões e posicionamentos, mas não perdeu de vista o real interesse dos trabalhadores, que é a garantia de trabalho digno e direitos preservados. Para conseguir isso sentamos às mesas de negociação, conversamos com a categoria, enfim, fizemos o que nos cabe, que é a defesa do conjunto dos trabalhadores e trabalhadoras do Serpro.
Enfrentamos a todo instante uma oposição focada apenas em questões político-partidárias que amarrou as mobilizações, demonstrando que as conquistas para a categoria são secundárias. O que importa para eles são as conquistas políticas de um grupo dissidente, que quer fazer as regras ajustarem-se em seus anseios. Esse pensamento único ficou patente com o samba de uma nota só entoado em toda a campanha pelo grupo oposicionista: a quebra das regras para que sindicatos não filiados pudessem participar das mesas sem dar procuração à Fenadados.
A pergunta que fica é: eles querem mais direitos e salários decentes para a categoria ou só pensam no posicionamento político do seu grupo?
Ao final, e apesar da disputa interna desagregadora, a campanha termina com ganho real de salário, sem desconto dos dias parados em greves e mobilizações, cartela extra de tíquete e novas conquistas sociais. Imagine se tivesse havido mais unidade na luta?
Pense nisso…