Com medo de processo, TIVIT tenta desmobilizar trabalhadores

A TIVIT está, definitivamente, usando de práticas antissindicais para desmobilizar os trabalhadores e trabalhadoras, além de descumprir a Convenção Coletiva de Trabalho, desrespeitando direitos e tentando vencer as demandas pelo cansaço, marcando reuniões nas quais nada apresentava.  Diante disso, os trabalhadores presentes na assembleia realizada no dia 17 de julho decidiram aprovar o ingresso de ação trabalhista contra a empresa, reivindicando o seguinte:

a)         Interposição de ação de cumprimento para exigir o desconto máximo de 1% sobre o Plano de Saúde, conforme preconiza a Convenção Coletiva de Trabalho;

b)         Cobrar todos os valores retroativos que foram descontados indevidamente acima do limite de 1% sobre o Plano de Saúde;

c)         Processar a Petrobras para que responda de forma subsidiária pelos créditos advindos da ação judicial;

d)        Pedir ao Judiciário para oficiar o Ministério Público do Trabalho para que investigue os ilícitos trabalhistas praticados pela Petrobras e TIVIT.

Confira a uma linha do tempo das tentativas do Sindicato de negociar com a TIVIT antes de ingressar na Justiça:

  1. Em outubro de 2012, logo após a Tivit assumir o contrato com a Petrobras, o Sindicato chamou a empresa para a primeira reunião para acertar problemas de descumprimento da Convenção Coletiva de Trabalho.
  2. No início de 2013 a diretoria do Sindpd-Rj fez, a pedido dos trabalhadores e trabalhadoras da Tivit, um levantamento do perfil do corpo funcional da empresa, com o objetivo de detectar quais os benefícios indiretos que cada um recebe, seus salários e funções e a satisfação com a política de RH da empresa. A resposta foi clara: além de várias distorções, a principal queixa da categoria era o Plano de Saúde.
  3. Diante das reclamações dos trabalhadores, o Sindicato iniciou uma série de tentativas de diálogo com a Tivit, sempre se deparando com evasivas e promessas não cumpridas.
  4. Sem resposta objetiva da Tivit, o Sindicato encaminhou, no dia 29/01, ofício à Petrobras, empresa contratante da Tivit, solicitando uma reunião para tratar dos assuntos apurados na enquete. Além do ofício encaminhado à Petrobras, foi encaminhado também, no dia 30/01, ofício à ouvidoria da estatal. No dia 26 de fevereiro a diretoria do Sindicato conseguiu ser recebida por representantes da Petrobras, que receberam as denúncias.
  5. No dia 4 de março, pressionada, a TIVIT finalmente resolve comparecer a uma reunião com a diretoria do Sindicato. No encontro, mais desculpas: a Tivit não apresentou nenhuma proposta nova e teve, ainda, a cara de pau de pedir, além do tempo que já tinha se passado sem negociação, mais 90 dias de prazo para responder sobre a reivindicação dos trabalhadores, que é manter a participação da categoria em 1% do custo do Plano de Saúde ou negociar a questão.
  6. Cansada de tanto descaso, a diretoria do Sindicato recorreu ao Ministério do Trabalho (MTE). A TIVIT, mais uma vez se sentindo pressionada, tentou evitar a conciliação no MTE e se apressou a marcar reunião diretamente com o Sindpd-RJ. No encontro, a empresa tentou dar um cala-boca para os trabalhadores, no que foi rechaçada pela diretoria do Sindicato.
  7. Nem mesmo na mesa de conciliação realizada no Ministério do Trabalho a TIVIT foi capaz de oferecer uma proposta decente aos trabalhadores, o que levou a diretoria do Sindicato a marcar assembleia com a categoria para aprovar o ingresso de ação trabalhista contra a empresa.
  8. Ao saber que a assembleia estava marcada e que a aprovação do ingresso de ação trabalhista era praticamente certa, a TIVIT tenta – mais uma vez – oportunistamente, calar os trabalhadores, oferecendo, uma hora antes da realização da assembleia, o fim da mensalidade do plano de saúde, sendo mantida apenas a coparticipação. Não foi retirada a mensalidade e coparticipação dos dependentes.

Todos esses fatos demonstram apenas uma coisa:
A TIVIT NÃO MERECE CONFIANÇA!

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