Cliente de banco tem direito a senha para atendimento no prazo determinado

 

Agora é lei. O cidadão carioca terá que ficar, no máximo, 15 minutos na fila de bancos. A Câmara Municipal do Rio de Janeiro promulgou, em votação realizada no dia 28 de março, legislação que determina o tempo máximo de 15 minutos para que qualquer cliente que esteja na fila seja atendido em todos os bancos da capital fluminense. A única exceção ocorrerá nos dias que antecederem ou precederam feriados prolongados, cuja espera poderá ser de até 30 minutos. 

A lei municipal determina a distribuição de senha, que deve registrar o horário de entrada e de atendimento. Os bancos devem, ainda, instalar banheiros e bebedouros para os clientes. O descumprimento da lei pode resultar em pagamento de multas de até 160 mil reais e prevê também a suspensão da licença de funcionamento da agência.

 

Atualmente a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) determina que o cliente seja atendido em até 20 minutos em dias normais e em até 30 em dias de pico (vésperas e após feriados, o último dia útil do mês e nos dez primeiros dias de cada mês). A realidade dos clientes, no entanto, tem sido outra, com filas que podem durar até uma hora.

 

O coordenador do Sindpd-RJ Celio Stemback viveu uma experiência recente, que vale ser relatada. Ele conta que entrou em uma agência bancária do Rio de Janeiro e notou que, pelo tamanho da fila, havia um tempo maior de espera. Celio solicitou, então, ao funcionário do banco, a senha que determina o rápido atendimento para o cliente no limite de até 20 minutos. O funcionário afirmou que não havia senha para fornecer ao cliente, o que levou Célio a solicitar a presença do gerente para que lhe desse a senha, e o mesmo lhe deu. Imediatamente outros funcionários do banco foram colocados nos caixas, e a fila começou a se movimentar.

 

O que está por trás das longas filas e da espera interminável por um atendimento nos bancos é a ganância dos banqueiros, que demitiram milhares de trabalhadores apostando na automação bancária. O que acontece hoje é vermos agências com dois ou três caixas para atenderem a centenas de pessoas. Isso é um total absurdo e cabe a nós dizermos não ao abuso.

 

Todos os cidadãos têm direito à solicitação da senha. Aqueles que tiverem que esperar pelo atendimento nos bancos além dos limites estabelecidos pela legislação, podem – e devem –recorrer à Justiça e exigir indenização.

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