Trabalhadores da Dataprev decidem apresentar contrapropostas à empresa

 

Na assembleia unificada realizada hoje (04/08), no prédio do Cosme Velho, 228 trabalhadores da Dataprev rejeitaram, por unanimidade, a proposta da empresa apresentada na mesa de negociação do dia 28/07/2011 para a Campanha Salarial 2011/2012 e declararam que não aceitam perder nenhum direito constante do Acordo Coletivo de Trabalho vigente.

A primeira deliberação dos trabalhadores foi pelo condicionamento de apresentar qualquer contraproposta à Dataprev caso não seja retirada da cláusula 2 do pré-acordo, que prevê dissídio coletivo de trabalho das cláusulas econômicas.

As propostas aprovadas foram:

1)      Cláusula 16ª – Trabalhadores querem reajuste salarial pelo ICV-Dieese (7,33%) + 3% de ganho real

2)      Reajuste (pelo mesmo índice da reposição salarial) e incorporação aos salários do Adicional de Atividade

3)      Cláusulas 27 e 28 – Reajuste dos reembolsos Pré-Escolar e Escola, a partir de 1ª de janeiro de 2012, pelo IPCA acumulado de 1º de janeiro de 2011 a 31 de dezembro de 2011 + crescimento do PIB

Para demonstrar boa vontade para dar continuidade ao processo de negociação, os trabalhadores aceitaram a argumentação contrária da empresa quanto a três cláusulas novas da pauta de reivindicação 2011/2012: Terceirização, Folgas Legais e nomeação de dois diretores de carreira.

As propostas foram aprovadas por 227 votos, contra uma abstenção.

No dia 10 de agosto será realizada uma mobilização unificada, das 11h às 15 horas, na porta do prédio do Cosme Velho, marcando o Dia Nacional de Mobilização dos trabalhadores da Dataprev em todo o País. Esta proposta foi aprovada por 221 trabalhadores, contra seis votos de rejeição e uma abstenção.

A diretoria do Sindpd-RJ chamou os trabalhadores para a mobilização, afirmando que a postura da direção da Dataprev, na pessoa de seu presidente, é de endurecimento nas negociações, com ameaça de dissídio de natureza econômica antes mesmo do fim do processo negocial. É, no mínimo, uma falta de coerência a empresa dizer que quer negociar, mas coloca uma faca no pescoço dos trabalhadores.

Está na hora dos trabalhadores mostrarem sua indignação e lutarem pela manutenção e conquista de novos direitos. 

 

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