Diretoria da Dataprev desdenha produtividade dos trabalhadores

O presidente da Dataprev afirmou, em palestra aos trabalhadores e trabalhadoras dos prédios da Álvaro Rodrigues e do Cosme Velho, no dia 6 de setembro, que “vamos nos transformar em uma empresa mais produtiva, mais eficiente e capaz de entregar resultados ainda melhores”. Afirmou, no entanto, que alguns desembolsos que estavam em fase de estudos serão reavaliados, entre eles a capacitação dos trabalhadores e trabalhadoras.

Trocando em miúdos a fala do presidente da Dataprev, que representa uma gestão neoliberal ao extremo, a realidade que se apresenta é de mais arrocho nos salários, benefícios e qualificação, em prol de uma produtividade que já está nas nuvens, segundo o próprio Assumpção revelou à revista Exame. Na reportagem, ele se vangloriou de arrancar, de cada empregado da empresa, cerca de U$10.000 por mês.

Essa declaração do presidente da Dataprev nada mais é que a confirmação de uma política de gestão perversa, que visa a produtividade e o lucro acima das questões humanas dos trabalhadores e trabalhadoras que, com seu suor e dedicação, fazem dessa uma das maiores empresas de TI da América Latina.

No dia 2 de outubro o processo de Dissídio de Natureza Econômica movido pelos trabalhadores da Dataprev contra essa gestão exploradora será alvo de mesa de conciliação no Tribunal Superior do Trabalho, pois não houve condições de negociar decentemente com essa gestão faminta de produtividade e sem nenhum apetite para a negociação decente com o corpo funcional. Essa, por sinal, era a filosofia dos grandes barões da indústria, que esfolaram milhões de trabalhadores no mundo todo, e inspirou Charles Chaplin na concepção do clássico do cinema “Tempos Modernos”.

Enquanto isso, a PLR 2012 continua sem data para ser paga…

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