Juntos podemos mais, por igualdade racial no trabalho e na vida

Por meio das ações afirmativas de combate à discriminação racial, notadamente nos últimos 10 anos, o Brasil tenta resgatar as raízes de nosso povo e, ao mesmo tempo, induzir transformações culturais, implantar a diversidade e ampliar a representatividade dos grupos minoritários em todos os setores da sociedade. A aprovação da Lei 12.711/12, conhecida como Lei das Cotas, é um marco importante dessa estratégia.

Entre os momentos significativos que completam uma década em 2013 está a criação, pelo governo federal, da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), em março de 2003. No mesmo ano, em São Paulo, foi realizada a 1ª Marcha da Consciência Negra. O evento se repete desde então e, neste ano, a Central Única dos Trabalhadores terá uma ala sob a sua responsabilidade.

CUT pela equidade racial – Há 18 anos, o movimento negro brasileiro, em conjunto com as centrais sindicais e organizações do movimento popular, realizou, em Brasília, a Marcha Zumbi dos Palmares contra o Racismo, pela Igualdade e a Vida. A manifestação ocorrida em 1995 – que reuniu 30 mil pessoas – representou um momento importante da disputa pela superação do racismo no país.

Nesses anos de resistência e enfrentamento, a Central sempre esteve na luta contra a discriminação racial, uma de suas principais bandeiras. A discussão, contudo, continua, pois apesar das muitas conquistas, a população negra ainda encontra barreiras para a ascensão social, desigualdade no mundo do trabalho, deficiências no atendimento à saúde e à educação. É preciso avançar.

O Mês da Consciência Negra simboliza todos esses embates. Mais do que comemoração, este é um momento de reflexão sobre os muitos desafios a serem enfrentados; de buscar inspiração; de renovar as energias; e de dar continuidade à luta pela justiça social para todos/as.

Fonte: CUT Nacional

Dia da Consciência Negra tem agenda repleta no Rio

Um total de 1.047 municípios já decretou feriado para o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra. Comemorado em 20 de novembro, a data faz referência à morte do líder Zumbi dos Palmares, símbolo da luta pela liberdade e valorização do povo afro-brasileiro, e inspira a cada ano um número maior de atividades em torno de reflexões sobre questões raciais no país.

Em alusão à data, durante todo o mês de novembro são realizadas centenas de atividades com o objetivo de ampliar as discussões sobre os temas raciais, visando a expansão dos direitos conquistados pela comunidade afro-brasileira nos últimos anos.

Devido às conquistas no cenário nacional, as ações afirmativas estão entre os assuntos em destaque neste mês da consciência negra. Mas as atividades do período também abrem um amplo leque de debates em torno de temas como a prevenção da violência contra a juventude negra e a persistência da representação negativa da pessoa negra nos veículos de comunicação.

Zumbi dos Palmares

Zumbi nasceu em 1655, em Palmares, atual estado do Alagoas. Descendente de guerreiros Imbangalas, de Angola, foi aprisionado por uma expedição portuguesa e entregue aos cuidados do Padre Antônio Melo, que o batizou de Francisco. Com o religioso, aprendeu a escrever em português e latim.

Aos 15 anos, fugiu em busca de suas origens e voltou para o Quilombo dos Palmares, uma comunidade livre formada por escravos fugitivos das fazendas. Tornou-se líder da comunidade aos 25 anos, se destacando pela habilidade em planejamento, organização e estratégias militares. Sob seu comando, Palmares obteve diversas vitórias contra os soldados portugueses.

No ano de 1694, o quilombo foi atacado pelo bandeirante Domingos Jorge Velho. Após o combate, a sede da comunidade ficou totalmente destruída. Zumbi conseguiu escapar, mas seu esconderijo foi denunciado por um antigo companheiro.

Em 20 de novembro de 1695, o líder negro foi capturado e morto, aos 40 anos de idade.

Fonte: Seppir

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