Dataprev quer empurrar remuneração como se fosse salário

A Dataprev mais uma vez ignora as reivindicações dos trabalhadores e trabalhadoras da empresa ao reapresentar, na 7ª mesa de negociação da Campanha Salarial 2014/2015, realizada hoje (16) no Rio de Janeiro, a mesma proposta já rejeitada pela categoria em assembleias.

É impressionante o cinismo dos negociadores da empresa, que insistem em trazer como argumentação para a negativa das reivindicações econômicas uma consulta feita ao DEST antes mesmo da Campanha Salarial começar, ou seja, a empresa não se deu o trabalho sequer de voltar ao órgão controlador para sugerir possibilidades, como fez o Serpro, que, com vontade política de negociar, conseguiu autorização bem depois do início da campanha.

Além do mais a Dataprev usa, para contrapor as reivindicações dos seus empregados, argumentos que beiram a ilegalidade, como, por exemplo, o pagamento de GVR e PLR como formas de melhorar salários.

Diante dessa postura arrogante e desrespeitosa, a representação dos trabalhadores e trabalhadoras confrontou os negociadores da empresa com argumentos: “A representação dos trabalhadores diverge e repudia a tentativa da direção da Dataprev de transformar remuneração em salário. No entendimento da representação dos trabalhadores qualquer tipo de tentativa de burlar o salário trata-se de salário complessivo, fraudando a CLT”.

Por fim, lembrando o discurso da presidenta Dilma na Plenária da CUT, quando ela afirmou que seu governo tem o compromisso de honrar os trabalhadores e garantir que os direitos conquistados não sejam só ameaçados, jamais abandonados, a representação dos trabalhadores e trabalhadoras lembrou que o diretor da empresa é pessoa indicada pelo Governo, e, tendo o Governo, através de sua liderança maior, a indicação desta política como princípio, há um erro na orientação apresentada no decorrer da mesa pela Comissão de Negociação da empresa.

A próxima mesa de negociação será realizada no dia 8 de outubro, em local a ser combinado.

Clique aqui e leia  a ata da 7ª mesa de negociação

Fonte: Fenadados

Foto: Félix Pereira/Fenadados