Dataprev – esse trem ainda vai descarrilar

Após a denúncia que o Sindpd-RJ trouxe a público sobre o trem da alegria da Dataprev, outras informações escabrosas sobre irregularidades continuam chegando. Desta vez, as dúvidas são levantadas sobre possíveis manipulações do processo de seleção (concurso).

Segundo relato recebido pela diretoria do Sindicato, dois analistas recentemente admitidos por concurso público já ingressam na Dataprev em posição privilegiada quanto aos processos decisórios da empresa.

Os fatos denunciados se referem a um funcionário que teria sido classificado na posição 131 do concurso de 2012 para o perfil “Desenvolvimento de Sistemas” do cargo Analista de TI, Região Nordeste. Ele foi convocado em julho de 2014 e nunca (NUNCA!) trabalhou na região para a qual foi aprovado, tendo residência fixa no Rio de Janeiro, onde está lotado, ocupando a chefia da SUAT – Superintendência e Suporte de Infraestrutura de TIC, contrariando todas as regras da empresa, que exigem no mínimo três anos de carreira para progressão funcional. Além disso, após sua convocação teriam ocorrido mudanças no regimento interno da empresa, para que sua transferência para o Rio de Janeiro fosse viabilizada e efetuada. Enquanto isso, há relatos de funcionários que há anos tentam transferência de estado, e não conseguem.

Outro caso escandaloso é o do profissional Classificado na posição 23 do concurso de 2012 para o perfil “Produção” do cargo Analista de TI, Região Centro-Oeste. Consta que a pessoa anteriormente ocupava o cargo de “Assessor de Diretoria da DIT – Diretoria de Tecnologia e Operações”, com lotação em Brasília. Atualmente está lotado como Analista de TI no mesmo setor. Há rumores de que receberá, sem muita demora, um cargo de chefia em algum setor já existente, ou a chefia de algum setor a ser criado para tal fim. Importante ressaltar que, após a convocação e “posse”, nunca trabalhou no setor para o qual prestou concurso, nem exerceu o perfil (analista de produção). Todos os outros concursados para o perfil “Produção” convocados na mesma época foram escalados para o período noturno, menos esse “escolhido”.

Essas e outras denúncias são seríssimas, e colocam em descrédito não só os processos seletivos da Dataprev como a sua própria política administrativa. Não há como conviver com apadrinhamentos ostensivos transformando a empresa pública num enorme cabide de empregos.

Chega de politicagem na administração da Dataprev. Esse trem da alegria vai descarrilar!

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