CUT, CNTSS, Fenadados e Anfip realizaram na quarta-feira (17), em Brasília, ato nacional contra o reajuste de 37,55% da Geap e em defesa da sobrevivência da operadora. Os trabalhadores caminharam do Ministério da Saúde para o Palácio do Planalto, e lá foram recebidos por Luiz Azevedo, Secretario-Executivo da Secretaria de Governo (SG/PR). Após ouvir os beneficiários, Azevedo agendou reunião com o presidente da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) e assumiu compromisso de ajudar no que fosse necessário.
O reajuste da Geap se deve às regras impostas pela ANS, que determina reserva financeira além da capacidade dos planos de autogestão, como é o caso da Geap. Os trabalhadores presentes na mobilização consideram o aumento danoso à Geap, principalmente por este ser um plano de autogestão e não visar lucro. Esse valor de reserva acabará sobrecaindo sobre os beneficiários (trabalhadores, aposentados e seus familiares) que dependem do plano, inclusive podendo deixar sem assistência pessoas que estão em situação de extrema fragilidade em sua saúde – alguns em tratamento de doenças graves e outros internados.
Isso significa que o reajuste aplicado de 37,55% para cobrir essa reserva não irá ajudar equilibrar financeiramente a Geap, mas sim poderá excluir milhares de beneficiários, que com certeza ficarão sem condições de continuar arcando com o plano. Para os trabalhadores, as medidas da ANS colocam em risco a existência de todas as autogestoras de saúde e favorecem somente os interesses dos planos privados.
Fonte: Fenadados