Desgoverno do RJ causa desemprego em massa na categoria de TI

A diretoria do Sindpd-RJ está atenta às demissões em massa que vêm ocorrendo no setor de Tecnologia da Informação, em virtude da política fiscal dos governos estadual e municipal, pródigos em distribuir isenções fiscais aos seus aliados (os que bancam campanhas políticas caríssimas), e sem qualquer negociação com as demais empresas.

Todos os dias o Sindicato homologa dezenas de rescisões contratuais de trabalhadores que prestavam serviços na Petrobras, e isso se explica pela mudança de rumos da política de petróleo do governo federal, que optou por diminuir o tamanho da empresa.

Mas as rescisões não mais se restringem aos contratos com a Petrobras. A Peixe Urbano, por exemplo, mudou toda a sua estrutura para Florianópolis, pois o governo municipal se recusou a negociar incentivo à sua permanência e garantia de empregos. Para o setor de transportes (ônibus), no entanto, o prefeito abriu mão de milhões em isenções fiscais. Ou seja, para TI nem sequer aceita dar incentivo, mas para os magnatas dos ônibus dá isenção quase total (cobra apenas 0,01%).

O governo do estado não fica atrás. A Ambev por exemplo desistiu de construir uma fábrica de latas de alumínio (que geraria postos de trabalho de TI) por falta de incentivo do governo, deixando de gerar milhares de empregos diretos e indiretos. Pior para o povo do Rio de Janeiro, melhor para moradores de outros estados, que receberão esses investimentos tão importantes e raros nesse momento de crise nacional.

Agora recebemos alerta sobre a retirada de serviços da Bradesco Seguros, que estaria mudando várias áreas de TI para São Paulo, o que também vai gerar desemprego e empobrecimento do estado e do município.

Não estamos aqui defendendo uma guerra fiscal com outros municípios ou estados pois, na prática, essa política provoca distorções na arrecadação do ISS (prefeituras) e do ICMS (estados), pois causam desequilíbrios e acabam por provocar aumento de impostos para o consumidor final. Defendemos, sim, diálogo e esforços cidadãos para que as empresas possam se manter no nosso estado gerando empregos e riqueza.

Estamos atentos a esses problemas e com as mangas arregaçadas para buscar soluções, junto com o sindicato das empresas do estado (TIRio), para a permanência das empresas e de seus serviços de Tecnologia da Informação.

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