Basta de violência!

A violência que nos cerca é assustadora, nos tira do eixo e – quer percebamos conscientemente ou não – nos impede de viver a vida em plenitude.

Cotidianamente somos bombardeados com notícias de assassinatos, arrastões, latrocínios, estupros e toda sorte de barbaridades que acontecem ao nosso redor. Com isso, todos os dias saímos de casa sem a certeza de que voltaremos seguros, inteiros, ilesos. Isso tem que ter um fim.

O Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) acaba de publicar a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua). No documento, encontramos a estarrecedora constatação de que dos 51,6 milhões de brasileiros que têm entre 14 e 29 anos, 20% não trabalham e nem estudam, seja frequentando a escola ou fazendo qualquer tipo de curso de qualificação profissional. Os dados se referem ao ano de 2016 e mostram que temos hoje cerca de 10,32 milhões de jovens desocupados, sem perspectiva de vida ou de futuro.

Outro estudo, este divulgado pela entidade Small Arms Survey, considerada como referência mundial para a questão de violência armada,  dá conta que o Brasil teve, no ano passado, o maior número de mortes violentas do mundo. Foram 70,2 mil mortos, o que equivale a mais de 12% do total de registros em todo o planeta.

Não há como deixar de associar a escalada da violência nos meios urbanos com a desigualdade e a falta de políticas públicas consistentes, que olhe para a nossa juventude como o futuro da Nação. O problema é que nós, brasileiros, estamos à mercê de governos (Federal, estaduais e municipais) que não priorizam a educação e o planejamento para tirar os jovens do caminho da criminalidade. Muito ao contrário, as políticas perversas de retirada de direitos sociais levam a mais e mais desigualdade, e consequentemente levarão a mais violência.

Investir em Educação é fundamental para dar oportunidade não só de aquisição de conhecimento, mas de aumento das rendas das famílias através de ocupações dignas, mais saúde, mais qualidade de vida, mais respeito às diferenças. Não é à toa que países que investem em escolarização têm as menores taxas de violência.

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