Governo Temer só não tem dinheiro para o trabalhador

Chega a ser ridícula a argumentação do governo suspeito para empurrar goela abaixo da sociedade a Reforma Previdenciária, que, na prática, impossibilita a aposentadoria de quem está no mercado de trabalho, contribuindo mensalmente para garantir uma renda mínima quando chegar a hora de parar de trabalhar.

Enquanto afirma que o País vai quebrar por conta das aposentadorias, o governo Federal não apresentou qualquer proposta concreta para cobrar os maiores devedores da Previdência no Brasil: as grandes empresas. Elas têm, segundo levantamento da CPI da Previdência Social do Senado Federal, dívidas de mais R$ 1 trilhão, com valores atualizados pela taxa Selic. Isso sem contar os bilhões distribuídos por Temer aos aliados para que votassem a seu favor contra as investigações por corrupção.

Os grandes empresários devedores não só da Previdência como de outros tributos, ou seja sonegadores, defendem as mudanças nas regras de aposentadoria no país, assim como defenderam a malfadada reforma trabalhista, que excluiu direitos e abriu as portas para mais e mais exploração dos trabalhadores e trabalhadoras.

A mídia tradicional defende os interesses do “deus mercado”, que a sustenta com verbas publicitárias volumosas. Em função de interesses meramente econômicos, jornalistas ditos sérios e respeitáveis derramam dia após seu discurso terrorista, tentando fazer crer que sem a reforma da Previdência o País vai quebrar. Mas não falam das dívidas trilhionárias dos grandes empresários, muitas delas perdoadas por esse governo distante do povo e de rabo preso com o atraso.

Se a nova proposta de reforma for aprovada, para receber 60% da média salarial os trabalhadores e as trabalhadoras da  iniciativa privada, que fazem parte do Regime Geral da Previdência Social (RGPS),  terão de ter 62 anos de idade, no caso das mulheres; e 65 anos, no caso dos homens. Em ambos os casos, é preciso contribuir com o INSS durante no mínimo 15 anos para ter direito à aposentadoria.

Segundo levantamento da CUT o valor da aposentadoria vai diminuir em praticamente todas as faixas, conforme tabela abaixo:

Tempo de contribuição/
idade mínima
Trabalhadores
da iniciativa privada
Servidores públicos
15 anos de contribuição (mulheres com 62 anos e homens com 65 anos) 60% da média salarial de todo o tempo de contribuição Não aposenta
20 anos de contribuição (mulheres com 62 anos e homens com 65 anos) 65% da média salarial de todo o tempo de contribuição Não aposenta
25 anos de contribuição (mulheres com 62 anos e homens com 65 anos) 70% da média salarial de todo o tempo de contribuição 70% da média salarial de todo o tempo de contribuição
30 anos de contribuição (mulheres com 62 anos e homens com 65 anos) 77,5% da média salarial de todo o tempo de contribuição 77,5% da média salarial de todo o tempo de contribuição
35 anos de contribuição (mulheres com 62 anos e homens com 65 anos) 87,5% da média salarial de todo o tempo de contribuição 87,5% da média salarial de todo o tempo de contribuição
40 anos de contribuição (mulheres com 62 anos e homens com 65 anos) 100% da média salarial de todo o tempo de contribuição 100% da média salarial de todo o tempo de contribuição

 

“Se votar, o Brasil Vai Parar” 

A Câmara dos Deputados votará em fevereiro a proposta de reforma da Previdência (PEC 287/2016). Para barrar a aprovação dessa proposta temos que manter a pressão aos parlamentares que pretendem acabar com seu direito à aposentadoria e também sobre os indecisos.

A CUT e demais centrais definiram estado de greve. Vamos pressionar os deputados enviando mensagens pelo site Na Pressão. O site foi criado em junho do ano passado e  disponibiliza um banco de dados com e-mails, telefones e perfis nas redes sociais de deputados para que você mande a eles o seu recado: se votar, não volta!

A ANFIP-Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil, criou o vídeo abaixo para esclarecer sobre a verdade por trás da proposta de Reforma da Previdência. Confira e tire suas próprias conclusões.

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