Serpro quer achatar salários, retirar direitos e retirar conquistas do ACT

Ao longo de sete mesas de negociação da Campanha Salarial 2017/2018 o Serpro tem comparecido as mesas tão somente para negar as reivindicações, reafirmar ZERO de reajuste e propor retirada de direitos históricos. Com isso a direção da empresa tenta colocar em prática sua principal meta, que consiste em atacar frontalmente as conquistas dos trabalhadores e trabalhadoras expressas no ACT (Acordo Coletivo de Trabalho).

Como se não bastasse toda essa truculência, o Serpro usa como principal argumento (ou escudo) o desequilíbrio financeiro da instituição. Porém, esse argumento cai por terra quando a presidente da empresa conta em verso e prosa que o Serpro está em plena recuperação financeira e política, com grandes perspectivas de sucesso. Diz ainda que deve isso ao empenho e competência do corpo funcional.

Ora, ou tem prejuízo ou não tem. Ou está mal das pernas ou não está. Fica, diante desta esquizofrenia entre discurso e prática da direção, a pergunta que não quer calar: estamos falando de empresas distintas ou há uma confusão de conceito? Afinal, a forma do Serpro reconhecer o trabalho do corpo funcional é castigando ou será que a Presidente não dialoga com o restante da direção?

Enquanto não temos respostas a essas perguntas, estaremos torcendo para que a presidente da empresa e sua direção encontrem o diálogo, o bom senso, a responsabilidade social e o reconhecimento do trabalho dos homens e mulheres que construíram e mantém esse patrimônio público, independente dos indicados pela política para os cargos e presidência.

Acreditamos que curada a esquizofrenia, será possível determinar que, sim, a empresa está em ascensão e, claro, ela deve isso a quem contribuiu para esse momento. Uma vez resolvido esse conflito temos certeza de que a Campanha Salarial encontrará o rumo certo, e assinaremos o ACT 2017/2018 com garantia dos diretos e conquistas e com possíveis avanços, mesmo considerando a difícil conjuntura política e econômica.

Plano de Saúde – 13,55% de aumento nas costas dos trabalhadores

Durante as negociações da Comissão Paritária, o proposto e concordado foi a divisão de 50% do aumento pago por cada uma das partes (trabalhadores e empresa). A direção do Serpro, no entanto, fingiu que nada disse e não acatou o proposto.

Uma vez constatada a cobrança de 100% do aumento nas costas dos trabalhadores e trabalhadoras, a representação exigiu, durante a mesa de negociação, que fosse apresentada a gravação do encontro no qual foi acordada a divisão paritária, mas a empresa diz que não existe a gravação, apesar de a audioconferência ter sido realizada nas dependências do Serpro.

Com essa manobra mesquinha o aumento de 13.55% foi integralmente para o corpo funcional.

Vamos continuar exigindo a gravação para provar a má fé dessa gestão covarde do Serpro.

Consolidação do Centro de Dados do RJ é implementada sem planejamento

A direção do Serpro está consolidando o Centro de Dados do Rio de Janeiro sem qualquer planejamento e diálogo com os trabalhadores e trabalhadoras, através de sua representação sindical. E pior: caracteriza mais uma vez que o Serpro diz uma coisa e faz outra (taí de novo a tal esquizofrenia).

O certo é que em 29 de junho de 2017 o Diretor Iran Porto, em vídeo institucional, apresentou a estratégia de consolidação de centros de dados, garantindo que a consolidação se daria em plataforma alta e se concentraria entre as localidades de São Paulo e Brasília. Agora vem o Serpro e começa a atacar o Centro de Dados do Rio de Janeiro, ou seja, consolidando uma plataforma baixa, sem o devido estudo que evidencie corte de custo, aumento de produtividade e manutenção dos acordos de nível de serviço. Técnicos experientes consultados pela diretoria do Sindpd-RJ acreditam que, devido às atuais tendências de mercado, tal estratégia possa ser nociva ao futuro do Serpro, diminuindo a representatividade da empresa em um estado importante da Federação.

A representação dos trabalhadores exige ser informada sobre quais são as reais intenções da direção do Serpro e se existe algum tipo de estudo que evidencie a necessidade deste tipo de movimento em plataforma baixa.

Juntos somos fortes!

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