No jogo de empurra entre Dataprev e Geap, trabalhadores ficam sem cobertura de saúde

No jogo de empurra entre Dataprev e Geap, trabalhadores ficam sem cobertura de saúde

Os trabalhadores e trabalhadoras da Dataprev estão sem cobertura do plano de saúde Geap desde o dia 30 de junho, em plena pandemia.

A responsabilidade por essa absurda quebra na prestação do serviço, pelo qual se paga caro, está sendo escamoteada tanto pela empresa como pela Geap: a primeira diz, em ofício enviado à Fenadados, que a Geap “em seu processo de mudança de plano, enfrentou instabilidade no sistema”. Já a Geap afirma, em protocolos gerados por reclamações dos trabalhadores, que “em resposta a sua ordem de serviço nºxxxxx, de 30/06/2020, informamos que até o momento não recebemos sua documentação vindo de sua patrocinadora. Solicitamos que entre em contato com a DATAPREV, para que a mesma envie seu termo autorizado para que possamos analisar seu pedido”.

As perguntas que não querem calar são: afinal, a empresa enviou ou não a documentação à Geap? Qual é a real razão para a Dataprev penalizar desta forma seu corpo funcional, ora repassando aumentos abusivos da operadora para os usuários finais, muitos dos quais não conseguiram arcar com a despesa altíssima; ora se esquivando da responsabilidade final pelo contrato que foi assinado entre ela (empresa) e a operadora do plano de saúde (Geap)?

O certo é que os trabalhadores e trabalhadoras arcaram com os aumentos abusivos, enviaram a documentação no prazo para contarem com a cobertura do plano de saúde e, no final das contas, mais uma vez, estão em situação de estremo estresse, correndo risco de precisar com urgência de atendimento médico, sem a necessária tranquilidade da cobertura pela qual pagam mensalmente.

Está mais do que na hora da Dataprev assumir suas responsabilidades para com o corpo funcional que, na ponta, é o responsável pela produtividade da empresa, que tem sido fundamental para o País ao longo dos anos e, neste momento de crise, em plena pandemia, viabiliza os sistemas que possibilitam o pagamento do auxílio emergencial a milhões de pessoas em estado de necessidade extrema.

O Departamento Jurídico do Sindpd-RJ está estudando qual a medida judicial cabível no momento para esta situação.

Veja abaixo a mensagem da Geap em resposta a reclamação de um trabalhador (o nº do protocolo foi riscado para que não haja identificação do mesmo)

Leia o ofício enviado pela empresa à Fenadados: of-dtp-geap

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