Os trabalhadores da Dataprev realizaram hoje (10/08) manifestação nacional para mostrar à empresa que não estão satisfeitos com os rumos da Campanha Salarial 2011/2012. No Rio de Janeiro o Sindpd-RJ produziu um churrasco na porta da Dataprev, no Cosme Velho, com a presença de mais de duzentos trabalhadores, que vestiram a camisa do Sindicato. […]
Os trabalhadores da Dataprev realizaram hoje (10/08) manifestação nacional para mostrar à empresa que não estão satisfeitos com os rumos da Campanha Salarial 2011/2012.
No Rio de Janeiro o Sindpd-RJ produziu um churrasco na porta da Dataprev, no Cosme Velho, com a presença de mais de duzentos trabalhadores, que vestiram a camisa do Sindicato.
O diretor/coordenador do Sindpd-RJ Celinho se dirigiu aos trabalhadores, argumentando que não há como aceitar a postura da administração da Dataprev, que enche a empresa com contratações de adnutos (cargos de confiança), ganhando salários altíssimos, e se recusa a chamar os concursados e reajustar dignamente os salários dos funcionários de carreira.
Celio lembrou ainda o absurdo de uma administração de empresa pública que burla as leis, acumulando passivos trabalhistas imensos. “Isso é má gestão do dinheiro público”, afirmou ele.
O advogado Alexandre Fagundes, coordenador do Jurídico do Sindicato, deu informes aos trabalhadores sobre as ações trabalhistas em curso, e anunciou que será realizado um jurídico móvel nos próximos dias, para esclarecer dúvidas e recolher documentos para ingresso de ação pelas horas extras (o divisor para se apurar o salário-hora deve ser 200 e não 220, como faz a Dataprev). Ele lembrou que o trabalhador sindicalizado não tem qualquer despesa com essa e outras ações, que correm inteiramente por conta do Sindicato.
Mudança do regime de ponto tem que ser negociada com os trabalhadores
Os trabalhadores perguntaram sobre a mudança, anunciada pela Dataprev, no regime de ponto. Alexandre Fagundes explicou que há normas do Ministério do Trabalho e Emprego que devem ser seguidas. Além disso, nada poderá ser mudado sem a concordância do corpo funcional. Portanto, a Dataprev está obrigada a negociar com as representações dos trabalhadores, em mesa de negociação do Acordo Coletivo de Trabalho. A decisão final será tomada pela categoria, em assembleia. Caso a empresa tente impor um modelo de ponto escolhido unilateralmente pela sua administração, o caso será levado ao Ministério Público do Trabalho e a Dataprev poderá ser multada.
O Sindpd-RJ já enviou ofício à Dataprev, no dia 09/08, questionando o anúncio feito por alguns gerentes sobre a mudança arbitrária do ponto em 1º de setembro. A empresa ainda não respondeu.
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