O presidente da Dataprev Rodrigo Assumpção entrou em contradição em diversas ocasiões durante a audiência de conciliação realizada hoje, em Brasília, no Ministério Público do Trabalho. Ao ser questionado quanto aos critérios adotados para as demissões, Rodrigo iniciou sua defesa afirmando que não havia demissões em massa, mas sim desligamentos pontuais, necessários ao ajuste por […]
O presidente da Dataprev Rodrigo Assumpção entrou em contradição em diversas ocasiões durante a audiência de conciliação realizada hoje, em Brasília, no Ministério Público do Trabalho.
Ao ser questionado quanto aos critérios adotados para as demissões, Rodrigo iniciou sua defesa afirmando que não havia demissões em massa, mas sim desligamentos pontuais, necessários ao ajuste por que passa a empresa. Ele disse, várias vezes, que sua gestão valoriza os trabalhadores experientes. Mais adiante, no entanto, Rodrigo reconheceu que 3/4 dos demitidos são aposentados.
Diante dos muitos questionamentos tanto da representação dos trabalhadores como da Procuradora do Trabalho Dinamar Cely Hoffmann, Rodrigo – que estava acompanhado de dois assessores jurídicos, tentou jogar para a representação dos trabalhadores a responsabilidade de não haver diálogo entre empresa e corpo funcional. Aparentemente hoje não era o dia de sorte do presidente da Dataprev, pois foi desmentido cabalmente por todos os integrantes da mesa e não conseguiu fazer mais do que repetir e repetir os argumentos prontos que trouxe para tentar engambelar os trabalhadores.
Ao final da audiência Rodrigo Assumpção aceitou apresentar documentos sobre os critérios utilizados para as demissões. Ficou agendada para amanhã (17/04), às 9 horas, nova audiência, a ser realizada no Ministério Público do Trabalho. No encontro a Dataprev apresentará dados sobre as 42 demissões ocorridas nos últimos dois meses e se posicionará sobre a reivindicação dos trabalhadores para que as demissões tenham seus efeitos suspensos pelo menos durante o período de 15 dias, contados a partir de 17/04/2012.
O SAF só vai valer alguma coisa daqui a dois anos
O presidente da Dataprev, que insiste em enfiar goela abaixo dos trabalhadores a avaliação pelo SAF, reconheceu, durante a mesa de conciliação, que esse sistema ainda só valerá alguma coisa daqui a dois anos. Dito isso textualmente, fica mais do que clara a falta de vontade política de negociar de um gestor que insiste em fazer valer o que ele mesmo reconhece que nada vale…
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