Os trabalhadores da Dataprev no Rio de Janeiro aprovaram hoje, em assembleia descentralizada realizada nos prédios da Álvaro Rodrigues (11 horas) e do Cosme Velho (14h30m), a proposta apresentada pela empresa na Campanha Salarial 2012/2013. Durante os encontros foram apresentadas três propostas, uma das quais, encaminhada pelo Sindicato em concordância com o Comando Nacional de […]
Os trabalhadores da Dataprev no Rio de Janeiro aprovaram hoje, em assembleia descentralizada realizada nos prédios da Álvaro Rodrigues (11 horas) e do Cosme Velho (14h30m), a proposta apresentada pela empresa na Campanha Salarial 2012/2013.
Durante os encontros foram apresentadas três propostas, uma das quais, encaminhada pelo Sindicato em concordância com o Comando Nacional de Campanha Salarial e, posteriormente com ratificação pelo Conselho Diretor da Fenadados, composto por 15 sindicatos filiados. O objeto da proposta era ingressar com dissídio de natureza econômica junto ao Tribunal Superior do Trabalho, a fim de tentar garantir, ao menos, que os 2% que a empresa decidiu “dar” aos empregados a título de ajuste na tabela do Plano de Cargos e Salários, sejam retroativos a maio, que é a data-base da categoria. A direção do Sindpd-RJ, numa tentativa de atender ao anseio dos trabalhadores, incluiu na proposta a tentativa de realizar mais uma mesa de negociação com a Dataprev e o ingresso com dissídio só se daria caso nada fosse resolvido.
Outra proposta derrotada previa a tentativa de realização de mais uma mesa de negociação e, caso nada fosse negociado, chamar a categoria para mais uma assembleia.
Os sindicatos regionais estão realizando assembleias e até o dia 10 de agosto será possível saber qual é a decisão dos trabalhadores da Dataprev em nível nacional.
Desmobilização dos trabalhadores é uma ótima notícia para os patrões
Os patrões que estão aboletados na diretoria da Dataprev apostaram na desmobilização da categoria e – pelo menos no que diz respeito ao Rio de Janeiro – saíram no lucro. Conseguiram a aprovação da proposta, fortalecidos pelo “aumento real” de 2% sobre a tabela do PCS, que a empresa vende como se fosse um reconhecimento ao valor dos “colaboradores”. Venderam sonhos e ganharam facilidade…
A direção do Sindpd-RJ torna a defender que o ingresso de dissídio de natureza econômica não só mostraria à gestão da Dataprev que os trabalhadores não toleram mais o tratamento autoritário que vêm recebendo, mas também poderia, dependendo do parecer dos ministros, garantir a retroatividade do aumento de 2% a maio (data-base da categoria) e sua aplicação sobre os demais benefícios, como por exemplo o auxílio alimentação. Além disso, diante dos lucros apresentados pela Dataprev, a avaliação do Consultor Jurídico da Federação é de que existiriam grandes possibilidades de que a Corte Federal considerasse mais 2,5% de aumento para os trabalhadores.