Desde o ano passado, a representação dos trabalhadores e trabalhadoras está aguardando a boa vontade da empresa em negociar. Isso é um absurdo! Falta respeito com a representação sindical e seus representados. As negociações começaram logo após o fechamento do último ACT com as mesas específicas de PPLR, PSE, Anistiados e Comissão de Saúde. Porém […]
Desde o ano passado, a representação dos trabalhadores e trabalhadoras está aguardando a boa vontade da empresa em negociar. Isso é um absurdo! Falta respeito com a representação sindical e seus representados. As negociações começaram logo após o fechamento do último ACT com as mesas específicas de PPLR, PSE, Anistiados e Comissão de Saúde. Porém só temos tido avanços reais nas negociações dos anistiados.
O Programa de Participação nos Resultados (PPR), construído pelos sindicatos em conjunto com o Dieese, foi ignorado pela empresa que apresentou uma contraproposta absurda e discriminatória. Desde o mês de abril de 2012, as negociações estão emperradas e sem nenhuma perspectiva de melhoras. Aliás, nem se fala mais em PPLR, pois o Serpro vai para seu terceiro ano consecutivo dando suposto prejuízo.
Questão dos PSEs traz à tona problema com clientes. Trabalhador paga a conta
A mesa específica para tratar dos PSEs está suspensa, pois a empresa cisma em não rever a absurda Norma Interna GP Nº 35 – item 6.4 (a qual determina o desligamento dos PSEs após devolução pelo cliente) que é discriminatória e foi editada pela então diretora de administração Vera Moraes. Seguir a cartilha neoliberal do governo FHC (PSDB-DEM) não deveria ser bandeira do PT e não acreditamos que a presidenta Dilma concorde com isso.
A empresa tem um afã de se livrar dos companheiros trabalhadores, independentemente do seu tempo de serviço e competência, retirando, assim, sua cidadania e dignidade. Este terror contra os trabalhadores e trabalhadoras precisa ter um fim!
A norma que rege os PSEs vem maquiar um problema crônico do Serpro, que é a dívida dos clientes, como a da Receita Federal do Brasil (RFB), que estoura na conta dos trabalhadores. A falta de cobrança dessa dívida gera diversos prejuízos, entre eles, demissões, falta de PPLR, falta de aumento real e postergação de pagamento de dívidas trabalhistas, entre outros.
Há dinheiro para obras, mas não para o salário e a Saúde do Trabalhador!
Na comissão paritária de saúde temos várias discussões em andamento. E uma delas é o aumento do plano de saúde para os funcionários, em função do não reajuste do mesmo nos últimos anos. Isso dá mais de 50% de aumento! Não reajustaram antes porque não houve aumento real e nós pagaremos mais esse pato? As obras e reformas não param… Mobiliário novo, prédios novos, e nada de aumento! Nada de salário! A visão que a empresa pública não deve dar lucro é do gestor, mas nós funcionários não temos nada a ver com isso. Queremos e merecemos salários dignos e justos!
Somente a mobilização dos trabalhadores poderá dar fim aos desmandos do Serpro!
Devemos começar a nos mobilizar, pois somente com demonstração da nossa insatisfação é que conseguiremos algo melhor. A Dataprev apresentou 2% de aumento por fora do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), a partir de julho, na tabela salarial, para que o Serpro não pudesse buscar o mesmo junto ao Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (DEST). Isso é orquestração contra os trabalhadores e trabalhadoras! A quem interessa esse jogo?
Na última mesa de negociação, o Serpro veio com a falácia de que temos que indicar representantes para a discussão do banco de horas e registro de frequência. Seriam mais retrocessos à vista? Se não bastasse a retirada do ponto de exceção por alguns gerentes, agora teremos mais mudanças negativas? Falar em garantia de emprego nem pensar, mas em verbas milionárias para Ações de Preparação para Aposentadoria (APA), pode?
Há algo de muito errado acontecendo! E nós trabalhadores e trabalhadoras nessa história, como ficaremos? Assistindo de braços cruzados? E a OLT, por que não se reaproxima do Sindicato em vez de ficar fazendo disputa política? A unidade na Luta é essencial para o sucesso de todos. Chegou a hora de repensarmos todo esse processo, nós temos que nos unir em prol de um único ideal. Melhoria salarial para todos. O plano de saúde Cassi implementou mudanças na fisioterapia domiciliar, a empresa foi questionada e até agora, nada! Não se pode falar de compromisso da empresa com o trabalhador dessa maneira. Temos que nos mexer, mobilizar! Pensar como mudar!
A CUT e seus sindicatos estão à frente de grandes mobilizações como na Eletrobrás, onde os trabalhadores conseguiram 1,5% de aumento real após 15 dias de greve. Atualmente vemos grande parte dos clientes do Serpro parados brigando por aumentos. São 35 órgãos em 26 unidades da Federação, que já estão com mais de 50 dias de greves e paralisações! Além disso, já se iniciou a campanha dos Bancários, que é outra categoria forte!
A nossa campanha salarial é resultado de nossas ações e do trabalho de negociação constante, mas a empresa só busca nos enrolar. E nós, para onde iremos? O que iremos fazer? Ou nos mobilizamos ou perderemos o trem e ficaremos sem aumento real. Mais do que nunca o Sindpd-RJ estará na porta do Serpro (com diretores e o Departamento Jurídico) para conversar com os trabalhadores e traçar, em conjunto, os caminhos para nossas mobilizações. A hora é agora! Afinal, foram três mesas de negociação com a Fenadados e seus sindicatos e mais de quatro meses de pura embromação por parte do Serpro, do DEST, da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e do Ministério da Fazenda (MF).
Estamos aguardando a boa vontade da empresa de marcar a data para a próxima mesa.