IplanRio – Prefeitura continua querendo tratar iguais como diferentes

 

Qual é a diferença de direitos entre um trabalhador da IplanRio e um da Comlurb? Para a Prefeitura do Rio de Janeiro não deveria haver nenhuma, pois diz a Lei que todos devem ter tratamento isonômico. Na prática, no entanto, a história é outra, e isso ficou claro na 1ª mesa de negociação da Campanha […]


Publicado por em 20/05/2014.

Qual é a diferença de direitos entre um trabalhador da IplanRio e um da Comlurb? Para a Prefeitura do Rio de Janeiro não deveria haver nenhuma, pois diz a Lei que todos devem ter tratamento isonômico. Na prática, no entanto, a história é outra, e isso ficou claro na 1ª mesa de negociação da Campanha Salarial dos trabalhadores e trabalhadoras da IplanRio, realizada hoje (20/05).

Na reunião, que ocorreu às 10 horas na sede da Procuradoria Geral do Município (PGM), os representantes do prefeito Eduardo Paes tiveram a coragem de propor reajuste salarial pelo IPCA-E (6, 19%) e – pasmem! – o congelamento do valor do tíquete alimentação dos trabalhadores da IplanRio no valor ridículo de R$12,00.

A representação dos trabalhadores manifestou sua indignação, registrando em ata que é impossível manter o tíquete no valor atual, já que outras categorias do município já foram contempladas com valores maiores.

Leia a ata da reunião

Como se já fosse pouco querer reajustar salários apenas pela inflação, sem qualquer ganho real, a Prefeitura – que deu tíquete de R$20,00 para os trabalhadores e trabalhadoras da Comlurb – quer matar os empregados da IplanRio de fome, uma vez que é praticamente impossível fazer uma refeição decente com R$12,00.

Diante da manifesta intenção da prefeitura de prejudicar os trabalhadores e trabalhadoras da IplanRio, que historicamente tratam das negociações das campanhas salariais dentro da lógica do diálogo, fica  a pergunta: será que o senhor prefeito só escuta – e atende – as reivindicações dos trabalhadores através de barulho nas ruas? Será que vamos ter que partir para o caminho da pressão?

As cláusulas novas não foram discutidas por falta de tempo. A pauta, no entanto, manteve-se enxuta, pois a iniciativa do sindicato de minimizar o tamanho do documento englobando as cláusulas renováveis em um único parágrafo funcionou para agilizar o processo.

A próxima mesa de negociação está marcada para o dia 3 de junho, às 10h30m, na sede da PGM.