O Sindpd-RJ completa hoje 29 anos na luta pelos trabalhadores e trabalhadoras de Tecnologia da Informação. Fundado em 1985, a partir da organização dos trabalhadores que lutavam por mais e melhores condições de vida e trabalho para a categoria, o Sindicato foi reconhecido em 20/02/86, com a concessão da Carta Sindical pelo Ministério do Trabalho. […]
O Sindpd-RJ completa hoje 29 anos na luta pelos trabalhadores e trabalhadoras de Tecnologia da Informação. Fundado em 1985, a partir da organização dos trabalhadores que lutavam por mais e melhores condições de vida e trabalho para a categoria, o Sindicato foi reconhecido em 20/02/86, com a concessão da Carta Sindical pelo Ministério do Trabalho.
No próximo ano o Sindicato completará 30 anos! Aguardem!
Confira a história da entidade:
A história da luta dos trabalhadores em processamento de dados começou com a criação, em 1977, das APPDs (Associações dos Profissionais de Processamento de Dados) do Rio Grande do Sul (18/06) e Rio de Janeiro (06/10). As principais bandeiras de luta eram a implementação de uma política de informática, a regulamentação da profissão e a criação dos sindicatos.
A criação das APPD’s derivou da necessidade de identificação das características de trabalho de profissionais de processamento de dados em vários ramos de atividade econômica. A existência de um fórum comum de discussões manteve esses profissionais unidos e dispostos a influenciar nas questões da autonomia tecnológica da informática, na regulamentação da profissão e na criação do sindicato laboral.
Desde sua origem, contudo, a APPD-RJ não restringiu o movimento às lutas corporativas. Fundada em plena ditadura militar, seus militantes criaram um núcleo pela anistia, ligado ao Comitê Brasileiro pela Anistia – CBA, participaram de manifestações pelo fim da ditadura, do movimento Pró-CUT para construção de uma central sindical desatrelada do Estado, visando à unidade classista, e pelas Diretas Já – só para citar alguns exemplos de sua trajetória combativa.
Mesmo enfrentando todo tipo de pressão e com poucos recursos financeiros, a organização dos trabalhadores se solidificou e cresceu. Este movimento, que obteve vitórias memoráveis, evoluiu de acordo com o tempo e as necessidades da categoria e da própria organização da classe trabalhadora no Brasil.
Em 1979 é constituída, pelas APPDs do Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco, Minas Gerais, São Paulo, Distrito Federal, Paraná e Rio Grande do Sul, a Coordenação Nacional de APPDs (CNAPPD), visando uma ação coerente em defesa dos interesses dos profissionais. A essa altura já tinham sido realizados três encontros nacionais de APPDs.
Em 1980 a APPD-RJ tem fundamental atuação no I Congresso Nacional dos Trabalhadores em Processamento de Dados (CNPPD), realizado no Rio de Janeiro. Formalizada a Coordenação Nacional das APPDs, é iniciada a campanha pelo Sindicato diferenciado. Surgia a semente de uma entidade nacional.
O princípio classista da APPD-RJ é atestado pela participação em fóruns expressivos, como a 1ª Conferência das Classes Trabalhadoras – CONCLAT, realizada nos dias 21, 22 e 23 de agosto de 1981, em Praia Grande, Estado de São Paulo. Esta conferência, que reuniu mais de cinco mil delegados, representando mais de mil entidades sindicais, foi a primeira grande reunião intersindical no Brasil desde 1964.
Em 4 de junho de 1985, no Clube de Engenharia, a APPD-RJ passa a ser Sindicato dos Empregados de Empresas de Processamento de Dados e dos Analistas de Sistemas, Programadores, Operadores de Computador, Digitadores e Perfuradores do Estado do Rio de Janeiro, ampliando sua representatividade e sua capacidade de atuação. O Sindpd-RJ é reconhecido em 20/02/86, com a concessão da Carta Sindical pelo Ministério do Trabalho
Em 1987 o Sindpd-RJ realizou Assembleia Geral Extraordinária, na qual os trabalhadores deliberaram pelo pedido de licença, ao Ministério do Trabalho, para fundação da Federação Nacional dos Empregados em Empresas de Processamento de Dados. Era o primeiro passo para a criação da Fenadados.
Neste mesmo ano outra assembleia de trabalhadores aprova a deflagração da Greve Geral de 20 de agosto (convocada pela CUT e CGT), contra o Plano Bresser, o arrocho salarial, a recessão, o desemprego, pela manutenção da suspensão do pagamento da dívida externa, pelas eleições diretas em 88 e por uma Constituição democrática e progressista, além de reposição de perdas salariais, sempre buscando interferir no cenário nacional.
Em 4 de dezembro de 1989, durante o X CNPPD, em Minas Gerais, os trabalhadores fundam sua federação, a Federação Nacional dos Empregados em Empresas e Órgão Públicos e Privados de Processamento de Dados, Serviços de Informática e Similares (Fenadados).
Ainda no final da década de 80, o Sindpd-RJ se destaca pela atuação fundamental na Campanha Unificada das três estatais – Dataprev, Datamec e Serpro.
Da experiência adquirida na luta e na formação sindical, conquistas históricas foram garantidas com a evolução na campanhas salariais. Principalmente nas empresas públicas, os trabalhadores garantiram direitos fundamentais, como a redução da jornada de trabalho da produção da Datamec, de 40 para 30 horas. Nas empresas particulares, a jornada foi reduzida, em Convenção Coletiva de Trabalho assinada com o sindicato patronal, de 44 para 40 horas. A estabilidade provisória de quatro meses para gestantes nas empresas privadas é outra conquista singular.
O Sindicato mantém, desde a década de 90, uma política de apoio aos PDVistas e anistiados da Dataprev, Datamec e Serpro, na luta pela reintegração dos demitidos no governo Collor (lei 8878/94).
A aquisição da sede da Presidente Vargas ofereceu capacidade de logística para a implementação de trabalhos diversificados, como o atendimento jurídico permanente, o desenvolvimento de cursos e seminários, o Pré-Vestibular para Trabalhadores, o Projeto de Qualificação Profissional de Informática e o Cliclo de Palestras de Software Livre. A montagem do parque tecnológico, com recursos bem aproveitados, tem proporcionado um melhor atendimento aos associados em todos os departamentos.
Atualmente o Sindpd-RJ representa trabalhadores públicos de empresas federais, estaduais e municipais: Cobra Tecnologia, Datamec, Dataprev, Datasus, Serpro, Proderj e IplanRio, além de todas as empresas particulares de informática do estado do Rio de Janeiro.