A classe trabalhadora reelegeu a presidenta Dilma para que continuassem os avanços em direitos sociais, na distribuição de renda, na reforma agrária, na saúde, na educação, enfim, para que o povo brasileiro tivesse mais e melhores direitos e condições de vida. O que se pretendia era um modelo de desenvolvimento que distribuísse renda, elevasse o […]
A classe trabalhadora reelegeu a presidenta Dilma para que continuassem os avanços em direitos sociais, na distribuição de renda, na reforma agrária, na saúde, na educação, enfim, para que o povo brasileiro tivesse mais e melhores direitos e condições de vida. O que se pretendia era um modelo de desenvolvimento que distribuísse renda, elevasse o emprego e o crédito da classe trabalhadora, e não o arrocho que a política econômica personalizada pelo Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, vem promovendo.
Não há como concordar com a retirada de direitos trabalhistas via Congresso Nacional e a imposição de medidas impopulares que taxam o trabalhador e preservam as grandes fortunas. Para se ter ideia, o Mestre em Finanças Públicas e ex-secretário de Finanças na gestão da prefeita Luiza Erundina em São Paulo, Amir Khair, declarou à revista Carta Capital, em março deste ano, que “a taxação de patrimônios poderia render aproximadamente 100 bilhões de reais por ano se aplicada, em uma simulação hipotética, sobre valores superiores a um milhão de reais”. Ou seja, há como o governo arrecadar sem tungar o trabalhador, através do aumento de impostos (como a CPMF e o aumento da tabela do Imposto de Renda) e da retirada de direitos históricos.
Essa política econômica perversa, só aplicada antes por governos neoliberais, que vem gerando desemprego, endividamento e insegurança, mostra agora suas garras nas campanhas salariais da Dataprev e do Serpro, ambas emperradas em intermináveis negociações que não andam porque as empresas querem impor propostas inaceitáveis, como o reajuste pela inflação oficial e parcelamento do retroativo, no caso da Datraprev; e impensáveis reajustes anuais abaixo da inflação, como propõe o Serpro (5,5% em 2015, retroativo a maio; 5% em 2016, na data-base; 4,75% em 2017, na data-base; e 4,5% em 2018, na data-base). Tudo leva a crer que essa imposição é uma política de governo, com intenção de iniciar a fusão das duas empresas, o que acarretará em desemprego e dor para os trabalhadores, além de prejuízos para a sociedade, com a precarização dos serviços.
A diretoria do Sindpd-RJ não se calará ante estes descalabros, e vai mobilizar a categoria para que se coloque contra essas propostas rebaixadas inaceitáveis, impostas por um governo eleito para defender nossos direitos. Parafraseando a candidata Dilma, ninguém vai mexer nos nossos direitos, “nem que a vaca tussa”. O governo que procure os meios para cobrir seu rombo em outro lugar, não na classe trabalhadora, porque essa conta não é nossa!