Plenária 2016: Dieese apresenta painel sobre conjuntura econômica

 

Na noite desta quinta-feira (10), Max Leno de Almeida, supervisor técnico do Dieese no Distrito Federal, ministrou palestra sobre a conjuntura econômica do Brasil e o desempenho do segmento de Tecnologia da Informação. O painel ocorreu no primeiro dia da Plenária Nacional de Campanha Salarial 2016/2017, que ocorre em Brasília (DF), até o dia 13 […]


Publicado por em 11/03/2016.

Na noite desta quinta-feira (10), Max Leno de Almeida, supervisor técnico do Dieese no Distrito Federal, ministrou palestra sobre a conjuntura econômica do Brasil e o desempenho do segmento de Tecnologia da Informação. O painel ocorreu no primeiro dia da Plenária Nacional de Campanha Salarial 2016/2017, que ocorre em Brasília (DF), até o dia 13 deste mês.

De acordo com os dados divulgados pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas na semana passada sobre o PIB – Produto Interno Bruto, em 2015 o Brasil teve uma retração na ordem de 3,8%. “A economia está bastante fragilizada. Todos os setores têm apresentado resultados não satisfatórios. Isso está sinalizado nos índices mais recentes do PIB”, afirmou Max Leno.

A previsão para este ano é que a economia brasileira tenha desempenho negativo, com um leve crescimento em relação a 2015. Isso porque caiu o consumo das famílias, os investimentos das empresas e os gastos do governo, bem como houve retração dos setores produtivos. “O mundo também não vem apresentando resultados substanciais. Segundo o Banco Mundial, a média de crescimento das economias foi de 2,4% no último ano. E a estimativa para 2016 é de 2,9%”, contou o supervisor técnico do Dieese.

Em relação aos preços, o IPCA – Índice de Preço ao Consumidor Amplo e o INPC – Índice Nacional de Preços ao Consumidor sinalizam alta em relação a anos anteriores. “Desde 2015, os preços têm se comportado acima da meta de inflação. Nos últimos 12 meses, a inflação acumulada foi de 10,71% (IPCA) e 11,28% (INPC)”, apontou Max Leno.

Os itens que mais pressionaram a inflação no ano passado foram habitação — influenciada, principalmente, pelo aumento da energia elétrica, em razão da falta de chuva — e alimentos e bebidas, que subiu 12,03%, um pouco acima do índice oficial de inflação (IPCA).

Setor de TI

Internacionalmente, os investimentos em Tecnologia da Informação (TI) tiveram um aumento na ordem de 6,7% em 2014. O segmento movimentou US$ 60 bilhões em todo o mundo — o que representa 2,6% do PIB brasileiro. O Brasil é o sétimo país que mais investe em TI. Os dados são da IDC.

Em 2015, estima-se que o segmento cresceu aproximadamente 5% em comparação ao ano anterior. Este ano, o setor no Brasil terá um crescimento de 2,6%, com um faturamento superior a US$ 60 bilhões.

A IDC estima ainda que 54% das pequenas e médias empresas no Brasil buscarão projetos digitais. Serão comercializados 40 milhões de celulares, 6 milhões de PCD e 5 milhões de tablets. Além disso, haverá aumento dos dispositivos móveis para pagamentos.

Fonte Fenadados