Desde que assumiu o governo federal após o impeachment de Dilma Roussef, Michel Temer não esconde seu objetivo de achatar direitos e salários da classe trabalhadora para privilegiar grandes empresários, banqueiros e ruralistas. Logo de início mandou ao Congresso a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que no Senado se tornou PEC) 55, ferindo […]
Desde que assumiu o governo federal após o impeachment de Dilma Roussef, Michel Temer não esconde seu objetivo de achatar direitos e salários da classe trabalhadora para privilegiar grandes empresários, banqueiros e ruralistas.
Logo de início mandou ao Congresso a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que no Senado se tornou PEC) 55, ferindo diversos preceitos da Constituição promulgada em 1988. Aprovada pelos honestos deputados e senadores, a apelidada “PEC do fim do mundo” congelou os investimentos em saúde, educação e serviço social por 20 anos, assim como o salário dos servidores públicos municipais, estaduais e federais, pelo mesmo período. Os efeitos mais recentes desse desastre são as contas públicas cada vez mais deficitárias e o fim de diversos programas sociais, além de previsão de congelamento de salários dos servidores e arrocho aos trabalhadores e trabalhadoras em empresas públicas.
Após a aprovação dessa aberração, Michel Temer ainda conseguiu emplacar a lei da terceirização; a famigerada reforma trabalhista; e ameaça aprovar a reforma da Previdência ainda em 2017. Todas essas medidas, como já é de conhecimento geral, arrocham a classe média, jogam na miséria milhões de pessoas (provocando o acirramento da violência urbana) e privilegiam os banqueiros e empresários que irrigam de propinas um sem número de políticos sempre dispostos a vender seus votos no Congresso a preço de ouro.
Em meio a esse caos econômico e político, nós, trabalhadores e trabalhadoras da Dataprev e demais empresas públicas com data-base em maio, nos vemos tocando uma Campanha Salarial difícil e cara, quando nossos recursos financeiros estão reduzidos devido à enorme crise econômica pela qual o Brasil atravessa.
Nas mesas de negociação da Campanha Salarial têm assento os sindicatos filiados à Fenadados e aqueles pertencentes à FNI, ou seja, campos opostos unidos, com firmeza, para alcançar um objetivo comum: a manutenção de direitos da categoria e reposição digna de salários e benefícios. Ninguém foi excluído do processo negocial.
Devido à situação financeira fragilizada, e agindo com responsabilidade, o Sindpd-RJ, que sempre enviou para as mesas de negociação o coordenador de campanha, um OLT e um observador, este ano está enviando apenas o coordenador eleito na Plenária Nacional de Campanha Salarial da Fenadados ou seu substituto. Com isso é grande a economia com passagem, hospedagem e alimentação. Qualquer reclamação, portanto, deste ou daquele setor, por não ter assento nas mesas de negociação, não passa de choramingo irresponsável e politiqueiro.
A Dataprev sabe que estamos unidos e firmes e usa, como desculpa para não apresentar um índice econômico aceitável, a tal da “resposta da Sest” (Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais), um órgão do governo que nos é hostil.
Vamos continuar a buscar, com determinação, o melhor desfecho para a nossa Campanha Salarial, mas não podemos prometer um mar de rosas, caso contrário estaríamos sendo irresponsáveis.
Somente com a união de todos e todas em torno de um resultado positivo para a coletividade poderemos vencer essa batalha!
Juntos somos mais fortes!
Assembleia dia 17 de agosto
Álvaro Rodrigues – 10h30m
Cosme Velho – 14h30m