Dia do Trabalhador é feriado que surgiu da luta

 

O primeiro dia do mês de maio é considerado feriado em alguns dos países do mundo. A data surgiu em 1886, quando trabalhadores americanos fizeram uma paralisação no dia primeiro de maio para reivindicar melhores condições de trabalho. O movimento se espalhou pelo mundo e, no ano seguinte, trabalhadores de países europeus também decidiram parar […]


Publicado por em 30/04/2022.

O primeiro dia do mês de maio é considerado feriado em alguns dos países do mundo. A data surgiu em 1886, quando trabalhadores americanos fizeram uma paralisação no dia primeiro de maio para reivindicar melhores condições de trabalho. O movimento se espalhou pelo mundo e, no ano seguinte, trabalhadores de países europeus também decidiram parar por protesto. Em 1889, operários que estavam reunidos em Paris (França) decidiram que a data se tornaria uma homenagem aos trabalhadores que haviam feito greve três anos antes.

No Brasil os direitos trabalhistas, previdenciários e sindicais da classe trabalhadora, conquistados quando foi implantada a Consolidação das Leis do Trabalho, nunca foram bem digeridos pela nossa elite dominante. O jornal O Globo chegou a estampar manchete de primeira página afirmando que o 13º salário seria desastroso para o País. Ou seja, a mídia comercial sempre esteve ao lado dos grandes empresários, que a sustentam.

E isso não mudou até hoje. A elite dominante e a mídia que lhe dá voz fazem de tudo para retirar direitos e manipular a classe trabalhadora. Além disso, e não menos importante, temos um governo mais preocupado em agradar políticos e religiosos do que em criar condições para aumento do emprego e da renda no País.

O resultado dessa política desastrosa para a classe trabalhadora é o desemprego, o subemprego e – por consequência – a miséria.

Levantamento do Dieese mostra que “no 4º trimestre de 2021, havia mais de 12 milhões de brasileiros desempregados e procurando trabalho. Outras 4,8 milhões de pessoas haviam desistido da procura devido à falta de perspectivas em encontrar uma vaga, em situação chamada de desalento. Ou seja, quase 17 milhões de brasileiros gostariam de trabalhar, mas não conseguiam ou simplesmente desistiram de procurar trabalho. Entre aqueles que trabalhavam, 7,4 milhões estavam subocupados por insuficiência de horas trabalhadas, ou seja, gostariam de trabalhar mais horas”.

 

Somem-se a esses números assombrosos os salários rebaixados e a inflação que voltou galopante durante o atual governo, e temos um quadro de alerta máximo para cada trabalhador e trabalhadora.

 

O momento é para refletir e pensar o futuro que desejamos para o Brasil.

 

A se manter esse tipo de política econômica voltada aos grandes empresários, em detrimento da força de trabalho, o Brasil caminha para competir, em atraso trabalhista, com os países mais atrasados do mundo. Por mais promessas mirabolantes que se escute, a verdade é que as diferenças entre ricos e pobres se tornam cada vez mais indecentes. Se as pessoas pobres já não tinham acesso a hospitais, hoje não têm acesso a médicos. Vivem doentes e morrem sem atendimento. Estamos entre os países mais violentos e desiguais do mundo.

Só há um meio de exigir que o povo seja ouvido: através da luta, que se dá nas ruas, mas também nas redes sociais e, acima de tudo no voto. Precisamos demonstrar repúdio contra as políticas que punem os pobres para privilegiar os endinheirados.