Serpro insiste em reajuste zero e quer encerrar processo negocial

Foi realizada no dia 25/04, em Brasília, a 10ª mesa de negociação da Campanha Salarial 2017 dos trabalhadores e trabalhadoras do Serpro.

Na reunião a empresa alegou que segue orientação do Sest e do governo Federal, que impõe responsabilidades aos gestores. Apresentou ainda, além das mesmas propostas anteriores, a possibilidade de alteração do horário de almoço, que pode ser de no mínimo 30 minutos e, no máximo, 2 horas.  O Serpro quer encerrar a Campanha Salarial 2017-18 e diz que assina um novo pré acordo 2018-19, em mesa de negociação a ser realizada em 2 de maio, com validade de apenas 30 dias, após os quais o ACT será adequado à nova CLT.

A representação dos trabalhadores e trabalhadoras deixou claro que existe a cláusula 65 do ACT, que garante direitos adquiridos, e que qualquer tentativa de rebaixamento gerará  milhares de ações judiciais.

Diante da pressão absurda do Serpro, e tendo em vista que o pré acordo vigente tem validade até que um novo ACT seja assinado ou uma sentença proferida, o que não é o caso, a Fenadados quis saber por que o Serpro não assina o ACT por dois anos e discute somente o índice de reajuste e, assim, ficam garantidos todos os benefícios. A Fenadados e os sindicatos presentes reafirmaram que não aceitam o fim das negociações e que não há Comum Acordo para ingresso de dissídio coletivo.

Não tem fim o saco de maldades da direção do Serpro. Em 2017 tivemos ataques gerais, tais como retiradas de direitos e reajustes zero. Em 2018, querem implementar as 6h compulsórias; os próximos concursados não terão planos de saúde; com a adequação das resoluções 22 e 23 o aposentado ficará sem plano de saúde. Para 2019 há previsão de demissão dos PSEs e aposentados.

É certo que o recuo da empresa durante a mesa (o pedido de suspensão sob o pretexto de voltar a conversar no dia 30 foi do Serpro), se deu ante a pressão da representação dos trabalhadores, que não se acovardou diante da bravata de acabar com o Acordo Coletivo e adotar a CLT para o corpo funcional. Isso é ilegal, visto que existe um pré acordo com validade indeterminada, uma vez que só poderá ser substituído pela assinatura de outro ACT ou julgamento de dissídio pelo TST.

Não dá para continuar acreditando que nada vai haver consenso sem luta. Os trabalhadores e trabalhadoras certamente não aceitarão esse arrocho calados!

Assembleia emergencial dia 30 de abril

No dia 26 de abril foi realizada assembleia com os trabalhadores e trabalhadoras do Horto (foto), quando foi deliberado que, caso a empresa mantenha as ameaças de romper o pré acordo e adotar a CLT para reger sua política de pessoal, a categoria entrará em greve imediatamente, com ingresso de dissídio coletivo de trabalho.

Para dar continuidade a essa assembleia, o Sindpd-RJ estará nas unidades Andaraí, Ministério da Fazenda e Niterói na próxima segunda-feira, para debater e deliberar sobre o assunto.

Confira os horários:

Andaraí – 10 horas

Ministério da Fazenda – 13 horas

Niterói – 15 horas

Sua presença é fundamental. Juntos somos fortes!

PublicaÇÕes relacionadas

Comentário Fechado.