Campanha Salarial Dataprev – Empresa mantém proposta rebaixada e ameaça trabalhadores

Foi realizada no dia 12 de novembro a 5ª mesa de negociação da Campanha Salarial 2020 dos trabalhadores e trabalhadoras da Dataprev. Na reunião virtual a empresa voltou a apresentar a proposta rebaixada que já foi rejeitada pela categoria em assembleias e consultas virtuais.

Alegando perda de receita em virtude de reduções contratuais, a Dataprev ameaçou veladamente os trabalhadores e trabalhadoras com a perda de direitos históricos, a exemplo do que ocorreu com os empregados dos Correios.

Importante lembrar que, seguindo à risca as orientações do governo Federal, que procura resolver a crise econômica do País com o achatamento dos salários e benefícios dos trabalhadores, a Dataprev propõe reajuste ZERO, além da retirada de direitos, entre eles o tíquete natalino. E mais: quer que os futuros funcionários da empresa não tenham direito a licença-prêmio, ao abono de 6 dias e,  em substituição ao anuênio, passem a receber quinquênio (5% por cada cinco anos trabalhados) – sendo limitado a 7 quinquênios – ou seja a 35 anos, e não mais o teto de 40 anos como consta no ACT vigente. Ou seja, quer criar duas categorias de empregados, uns com menos direitos que outros.

A representação dos trabalhadores afirmou em mesa, e registrou em ata, que esta negociação coletiva objetiva a recomposição das perdas do período de 1/5/2019 a 30/4/2020, período esse, conforme já citado, em que não identificamos perdas nas receitas da empresa, ao contrário, houve economia de recursos com o fechamento de vinte unidades e com o Home Office com a transferência de gastos para os trabalhadores.

E complementou: o exemplo dos Correios, trazido pela empresa para fins de comparação, não se mostra adequado por tratar-se de uma situação absolutamente diferente da qual se encontram os trabalhadores da Dataprev. Isso porque os Correios não possuíam um Acordo Coletivo de Trabalho, fruto de uma negociação coletiva autônoma, mas sim uma sentença Normativa. Isto posto, não há que se falar em pré-existência de cláusulas, prevalecendo a jurisprudência do Tribunal.

Diante do impasse, a representação dos trabalhadores e trabalhadoras ratificou sua disposição de dar continuidade às negociações em busca de uma solução que permita o fechamento de um Acordo justo e digno para os trabalhadores e trabalhadoras.

Uma nova mesa de negociação ficou agendada para o dia 19 de novembro. Posteriormente a empresa solicitou adiamento da mesa para o dia 24 de novembro.

Clique no link abaixo e leia a ata da mesa de negociação

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