Apesar da irresponsabilidade da oposição, trabalhadores aprovam pauta de reivindicações regional da Campanha Salarial 2012/2013

 

Os trabalhadores da Dataprev no Rio de Janeiro aprovaram hoje (15), em assembleia realizada na sede do Sindicato, a pauta de reivindicações regional da Campanha Salarial 2012/2013. Foram eleitos, no mesmo encontro, os delegados e delegadas que defenderão a pauta regional na Plenária Nacional de Campanha, a ser realizada na Bahia no mês de março.

Os delegados eleitos foram: Celso Dias Santana e Fernando Carneiro Duarte, tendo como suplente o companheiro Vitor Bandeira, todos da chapa Unidos para não Dividir.

A lógica da Plenária é a seguinte: cada estado aprova a pauta de reivindicações regional, e esta é levada para debate e aprovação por parte de todos os delegados eleitos. A partir desse debate é construída a pauta nacional, que a ser entregue à Dataprev no dia 31 de março.

Pauta de reivindicações envolve apenas cláusulas econômicas

Tendo em vista que os trabalhadores e trabalhadoras da Dataprev estão sem Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), pois em virtude do julgamento do Dissídio pelo Tribunal Superior do Trabalho foi publicada uma Sentença Normativa, as cláusulas sociais que compunham o ACT passam a valer por até quatro anos. Sendo assim, a categoria decidiu, na assembleia do Rio de Janeiro, negociar única e exclusivamente as cláusulas econômicas nessa Campanha Salarial. É uma forma de garantir os direitos já adquiridos em anos de muita luta e conquistas.

Oposição quer dividir o movimento reivindicatório, criando pauta e campanha paralelas

Durante a assembleia membros da oposição à diretoria eleita do Sindpd-RJ tentaram, mais uma vez, impedir que os trabalhadores do Rio de Janeiro  unam forças aos companheiros e companheiras dos outros estados e lutem pela pauta unificada.

Em mais uma demonstração de que seu objetivo é, única e exclusivamente, político, o que a oposição propõe é que o Rio de Janeiro tenha pauta diferenciada e negocie isoladamente. Isso sem sequer se proporem a participar da Plenária Nacional da Fenadados e defenderem aquilo em que acreditam. Seu interesse não é o processo negocial e as conquistas do trabalhador. O que desejam esses aventureiros é fazer oposição pela oposição, na tentativa de construir seu aparelho político às custas da categoria.

Na Campanha de 2011 essa expectativa de consolidação do projeto politiqueiro da oposição ficou clara, quando ex-dirigentes do Sindicato (alguns atualmente em diretoria de associações) foram incapazes de se manifestar e explicar para os trabalhadores que – uma vez instaurado o dissídio coletivo – não havia mais espaço para apresentação de novas reivindicações. Isso aconteceu na assembleia que antecedeu o julgamento do dissídio, quando esses ex-sindicalistas, além de se omitirem descaradamente, ainda “jogaram pra galera” votando a favor de uma proposta que o TST jamais aceitaria, deixando o desgaste da explicação “antipática” aos ouvidos dos trabalhadores por conta dos diretores do Sindpd-RJ, que falaram não o que a categoria desejava ouvir, mas a verdade que contrariava seus desejos.

A atual diretoria do Sindpd-RJ tem como ponto de honra sempre falar a verdade, por mais que esta seja antipática aos ouvidos dos trabalhadores e cause desgaste à imagem dos dirigentes. Após o impacto da “notícia ruim”, no entanto, é certo que trabalhadores e trabalhadoras terão sempre o discernimento necessário para julgar quem está jogando em equipe e quem está apenas fazendo show pra ganhar aplausos.

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